ONU denuncia Venezuela por violações de direitos humanos
Relatório da organização aponta perseguição a ativistas e uso excessivo da força
Ativistas de direitos humanos na Venezuela são perseguidos e presos arbitrariamente, e o governo tem usado força excessiva para reprimir protestos, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório, divulgado nesta quinta-feira (23), acusa o governo venezuelano de "violações sistemáticas" dos direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias e torturas.
A ONU também denunciou o uso de tribunais militares para julgar civis, o que, segundo a organização, é uma violação do direito internacional.
Relatório aponta casos de execuções extrajudiciais e detenções arbitrárias
O relatório da ONU cita vários casos de execuções extrajudiciais cometidas pelas forças de segurança venezuelanas, incluindo o assassinato de um manifestante em 2014.
A organização também documentou casos de detenções arbitrárias, nas quais ativistas e opositores políticos são presos por longos períodos sem acusação ou julgamento.
Em alguns casos, os presos são submetidos a torturas e maus-tratos, segundo o relatório.
Governo venezuelano rejeita acusações
O governo venezuelano rejeitou as acusações da ONU, alegando que o relatório é tendencioso e politicamente motivado.
O governo também acusou a ONU de interferir nos assuntos internos da Venezuela.
No entanto, a ONU afirmou que o relatório é baseado em informações confiáveis e que as autoridades venezuelanas não cooperaram com a investigação.
Relatório deve pressionar comunidade internacional
O relatório da ONU deve aumentar a pressão sobre a comunidade internacional para tomar medidas contra o governo venezuelano.
Os Estados Unidos e a União Europeia já impuseram sanções à Venezuela por violações dos direitos humanos.
A ONU pediu que o governo venezuelano investigue as violações de direitos humanos e responsabilize os responsáveis.
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